
Entre os dias 22 e 26 de julho, a idD Portugal Defence, em parceria com a AED Cluster Portugal, esteve a promover Portugal e a sua indústria de Defesa no prestigiado Farnborough International Airshow 2024. A feira é reconhecida como uma das maiores feiras de aeronáutica e defesa do mundo.
O Stand Portugal destacou-se com a exposição de nove entidades e projetos nacionais: Aero.Next Portugal; AVP – Aero Voo de Portugal; Beyond Vision; CCG/ZGDV Institute; CITEVE; Fibrenamics; FLY.PT; ISQ e TEKEVER.
Conheça as entidades portuguesas no FIA 2024
Sobre o CEiiA e o programa Aero.Next Portugal: “Somos um centro de engenharia e desenvolvimento de produtos que concebe, desenvolve e transforma novas tecnologias, produtos e serviços para uma sociedade mais sustentável.
Com mais de 500 colaboradores, somos um dos maiores investidores em I&D em Portugal. A nossa unidade de aeronáutica foi criada em 2009, com o objetivo de desenvolver as capacidades aeronáuticas da nossa indústria. Começámos a trabalhar com a Leonardo Helicopters Division, na altura Agustawestland, e desde então, participámos em todos os helicópteros desenvolvidos por este OEM líder mundial (atualmente o CEiiA está no top 3 dos fornecedores de engenharia de aeroestruturas). Tornámo-nos um parceiro chave em todo o ciclo de desenvolvimento do novo Embraer KC-390, com mais de 800.000 horas de engenharia.
Com base nesta experiência, iniciámos o desenvolvimento do LUS-222 (Light Regional Aircraft), o primeiro avião a ser totalmente desenvolvido e industrializado em Portugal. Estamos a combinar competências da indústria automóvel, mobilidade e aeronáutica em torno da integração entre mobilidade horizontal e vertical para viabilizar a AAM (Mobilidade Aérea Avançada) num futuro próximo.”
Objetivo da participação no FIA 2024: “Demonstrar o que o CEiiA tem desenvolvido ao longo do último ano na sua unidade de aeronáutica, resultando num passo adicional para fazer de Portugal um player forte nesta indústria através da criação da EEA Aircraft and Maintenance (spin-off do CEiiA), o primeiro OEM português que está a construir a primeira Linha de Montagem Final.”
Promoção de produtos no FIA: “O CEiiA, juntamente com 34 entidades, participa no programa Aero.Next Portugal, uma Agenda Mobilizadora do Plano de Recuperação e Resiliência. Este programa agrega três principais produtos:
- LUS-222: uma aeronave ligeira totalmente desenvolvida desde o conceito até à certificação, com engenharia baseada em Évora. Totalmente fabricada, montada e industrializada na linha de montagem final (FAL) em Ponte de Sor. Desenvolvimento de uma aeronave orientada para várias oportunidades de mercado, tais como Missões Governamentais – Civis e Militares, Logística e Transporte Regional. A aeronave será da “Categoria Commuter” – certificada via EASA CS Parte 23. O veículo multifuncional é capaz de transportar mais de 2000 kg de carga ou 19 passageiros e pode ser equipado com versões militares e de busca e salvamento. Pode ser utilizado em pistas curtas e não preparadas, tem um alcance de +2000 km, possui capacidade de carga rápida com uma rampa traseira, e pode ser operado por um ou dois pilotos. Custos reduzidos devido ao uso de componentes “off-the-shelf” e soluções de fabricação simples, resultando numa aeronave fácil de montar e com baixo peso operacional. Além disso, a aeronave é sustentável, equipada inicialmente com dois motores turboélice convencionais, mas com planos para incorporar fontes de energia mais sustentáveis através de investigação e desenvolvimento. Nível de certificação da aeronave: Nível 4 – para aeronaves com uma capacidade de configuração máxima de 10 a 19 passageiros. O primeiro protótipo estará em processo de certificação em 2026.
- ET15: prevê o desenvolvimento e implementação de um serviço de mobilidade aérea avançada em áreas urbanas e semiurbanas, seguindo um conceito operacional focado em emergências médicas e logística. O ET15 pretende fornecer um sistema abrangente composto por um veículo aéreo não tripulado equipado com dispositivos de segurança inovadores desenvolvidos de acordo com os requisitos europeus (EASA), tais como FTS (Flight Termination Systems), paraquedas e uma caixa preta. Adicionalmente, um pacote de software para monitorização e gestão de frotas permitirá que as missões sejam realizadas de forma eficiente e segura. Estes desenvolvimentos representarão uma grande disrupção tecnológica na indústria aeronáutica e espera-se que revolucionem os serviços de mobilidade. O ET15 planeia melhorar significativamente a qualidade de vida dos cidadãos e aumentar o acesso a áreas remotas, encurtando efetivamente as distâncias para salvar vidas.
- UAS ARX: é um sistema RPAS (Remotely Piloted Aircraft) de alta autonomia, projetado para fornecer capacidade operacional multi-missão e integrar um maior número de sensores numa única plataforma. A nova plataforma RPAS oferecerá autonomia entre 18 e 24 horas de voo, com alcance além da linha de visão utilizando satcom, alta versatilidade operacional e a possibilidade de voo nos mais variados contextos atmosféricos adversos. Também será capaz de transportar carga e múltiplos sensores com uma assinatura logística reduzida. O ARX está equipado com um segmento terrestre que explora dados e fornece um conjunto de serviços que vão desde o controlo e operação da missão, recolha e análise de dados, tanto em tempo real como pós-missão. Gera informação e mapas de inteligência de alto valor para o cliente, suportados por séries temporais e análises históricas. A capacidade de transportar grandes cargas úteis a bordo simultaneamente com grande autonomia permite reduzir o custo de aquisição de dados por unidade de tempo e número de revisitas (vigilância persistente), e de monitorizar operações de alto risco em grandes áreas, aumentando a capacidade de cobertura da área observada por voo, com resoluções superiores às obtidas por satélites e sem as condições atmosféricas que estes sofrem. Este programa vertical permitirá o lançamento de um RPAS no mercado, completamente desenhado e suportado pela cadeia de valor integrativa nacional, capaz de promover o crescimento e desenvolvimento do setor com outras empresas fornecedoras de diferentes segmentos e sistemas de aeronaves, bem como ferramentas de fabricação e montagem.”
Miguel Braga – Diretor da Unidade de Aeronáutica do CEiiA
Saiba mais sobre o programa no site oficial do Aero.Next Portugal
Sobre a AVP: “A AVP é uma empresa fundada em 1996. Somos um MRO especializado em aeronaves militares de asa rotativa e fixa, principalmente em componentes como aniónicos, giroscópios e pequenos sistemas hidráulicos.
- Especializado em aeronaves militares legadas europeias.
- Instrumentos mecânicos; Instrumentos eletrónicos; Equipamento de navegação; Equipamento de comunicação; Sistemas de giroscópios; Piloto automático; Luzes de busca; Reguladores de oxigénio; Sistemas de giroscópios de mísseis; Acumuladores e Sistemas hidráulicos.
- Asa Fixa: EADS CASA 212/235/295; Airbus A320/A330/A340; Dassault-Dornier Alpha Jet; Lockheed Martin C130H/P-3/F-16 Fighting Falcon.
- Asa Rotativa: SA-330 Puma / AS332 Super Puma / AS532 Cougar / AS365 N3+; Westland SeaKing / EH101 Merlin / Lynx (várias versões); Boeing Chinook CH-47; Eurocopter EC 725 e Airbus H175.
Objetivo da participação no FIA 2024: “A AVP tem uma presença já com alguns anos no mercado inglês.”
Promoção de produtos no FIA: “MRO EASA PART 145 para componentes e aviónicos.”
Bruno Morais – Sócio/diretor na AVP – Aero Voo de Portugal
Site oficial em AVP Aero Voo de Portugal
Sobre a Beyond Vision: “A Beyond Vision é uma empresa inovadora líder em tecnologia de drones totalmente autónomos com capacidades de IA, dedicada ao desenvolvimento de soluções avançadas através de uma investigação profunda, que atendem às necessidades em evolução das operações de defesa e segurança.”
Objetivo da participação no FIA 2024: “Com um foco na integração de tecnologias de ponta, a Beyond Vision continua a inovar no campo dos sistemas aéreos não tripulados de acordo com as diretrizes da NATO, para otimizar operações complexas de segurança e defesa através de soluções personalizadas.”
Promoção de produtos no FIA: “A Beyond Vision está a promover vários produtos de ponta, incluindo os drones VTONE e HEIFU PRO. Estes drones são projetados para realizar missões totalmente autónomas, melhorando significativamente a eficiência, precisão e segurança das operações de defesa. Ambos são alimentados por IA avançada, que permite o processamento de dados em tempo real, tomada de decisões autónomas e navegação adaptativa. A integração das comunicações 5G garante que os drones permaneçam conectados aos centros de comando, facilitando a troca de dados em tempo real e a execução coordenada das missões.
O VTONE possui capacidades VTOL (descolagem e aterragem vertical), enquanto o HEIFU PRO apresenta um design de hexacóptero, permitindo uma implementação flexível em vários terrenos e condições. Baterias de alta capacidade estendem o seu alcance operacional, permitindo missões prolongadas sem a necessidade de recargas frequentes. Estas características, combinadas com a inteligência fornecida pela IA e a comunicação contínua habilitada pelo 5G, permitem que os drones da Beyond Vision operem de forma autónoma com intervenção humana mínima, reduzindo os riscos associados ao erro humano.
Além disso, o software beXstream da Beyond Vision aprimora estas capacidades, fornecendo uma plataforma abrangente para a gestão de missões. As análises impulsionadas por IA e as capacidades de monitorização em tempo real do software garantem que cada aspecto da missão seja otimizado para o sucesso.”
Dário Pedro – Chief Executive Officer (CEO)
Site oficial em Beyond Vision
Sobre o CCG/ZGDV: “O CCG/ZGDV enquanto instituição de I&I (Investigação e Inovação) de Utilidade Pública, Centro de Tecnologia e Inovação e parte do Centro de Investigação ALGORITMI (primeiro Centro de Investigação formalmente reconhecido em Portugal no domínio das Tecnologias da Informação e Comunicação) está focado na investigação aplicada, nos domínios das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), tendo como missão potenciar o crescimento e a inovação das empresas, entidades e economia em geral, respondendo aos desafios emergentes do mercado global. Fá-lo através da investigação aplicada e da inovação tecnológica para a economia digital, através da conceção e prototipagem de novos processos, serviços e produtos de elevado valor, nos domínios da computação gráfica, computação ubíqua, interação humano-máquina e engenharia de informação.”
Objetivo da participação no FIA 2024: “O Instituto CCG/ZGDV tem a aeronáutica, defesa e espaço como sectores estratégicos na sua atividade. Enquanto instituto de inovação no domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação, é transversal a todos estes setores, no que ao desenvolvimento de soluções inovadoras digitais, em produtos, processo ou serviços, para/com empresas e outros tipos de entidades (governamentais, militares, civis) enquadradas naqueles setores. É atualmente associado do cluster AED, no qual tem estabelecido parcerias para projetos de I&D a nível nacional, e com o apoio da IDD tem também desenvolvido ações junto de alguns ramos da defesa nacional. A nível internacional é uma das entidades nacionais que colabora nos CapTech da European Defense Agency.
O principal objetivo ao participar nesta feira, maioritariamente dedicada ao setor aeronáutico, é o de promover as competências e transferência de conhecimento para aplicação de tecnologia na digitalização de processos e desenvolvimento de novos produtos das empresas e entidades do setor. São também objetivos do CCG/ZGDV reforçar a visibilidade no contexto do cluster nacional e potenciar parceria para atividades conjuntas.”
Promoção de serviços no FIA: “O CCG/ZGDV não detém produtos, mas antes realiza serviços de I&D, com e para empresas.
Nesta feira dará enfase à divulgação dos resultados de um projeto de I&D, realizado recentemente em co-promoção com outras duas entidades do Cluster AED (A AEROMEC e o ISQ), no qual foi aplicado conhecimento e tecnologias estado da arte para desenvolver uma nova abordagem ao processo de modificação de aeronaves, em particular de sistemas aviónicos, tendo como base o desenvolvimento e aplicação de tecnologia de Realidade Aumentada/Realidade Virtual/Realidade Mista, aumentando a eficiência e reduzindo o erro humano nestes mesmos processos de modificação.
A solução desenvolvida caracteriza-se por duas componentes principais:
- Validação de protótipos virtuais: Solução baseada em realidade virtual para prototipagem de cockpit (refinamento digital antes da produção), que permite iteração contínua entre a conceção e a validação, indo ao encontro de uma abordagem centrada no ser humano
- Assistência remota, com tecnologias de realidade mista e realidade aumentada: Solução baseada em realidade aumentada para assistência remota centrada em operações de manutenção de aviação (inspeção de boroscópio) e com visualização holográfica de informação (do técnico no local para o inspetor remoto).”
Luis Almeida – Gestor de Internacionalização
Site oficial em CCG/ZGDV
Sobre o CITEVE: “O CITEVE é um Centro Tecnológico ativo desde 1989, organização privada sem fins lucrativos, sediado em Vila Nova de Famalicão e com delegações comerciais no Brasil, Tunísia, Argentina, Paquistão, Chile e México. Disponibiliza às empresas do Setor Têxtil e do Vestuário um portfólio de serviços que inclui ensaios laboratoriais, certificação de produtos, consultoria técnica e tecnológica, I&D+inovação, formação, e moda e design.
A missão do CITEVE é apoiar o desenvolvimento das capacidades técnicas e tecnológicas das indústrias têxtil e do vestuário, através do fomento e da difusão da inovação, da promoção da melhoria da qualidade e do suporte instrumental à definição de políticas industriais para o sector.
O CITEVE tem já uma vasta experiência na área da defesa, a nível nacional e internacional, em projetos para o Ministério da Defesa Nacional, Agência Europeia da Defesa, Fundo Europeu da Defesa e Nato. As principais áreas de atuação são a camuflagem adaptativa, a balística e a proteção ao impacto, têxteis inteligentes e multifuncionais, regulação térmica, monitorização e sensorização de sinais vitais e riscos ambientais (químicos, biológicos, …) utilizando sempre que possível a transição digital e o ecodesign.”
Objetivo da participação no FIA 2024: “Dar a conhecer as competências do CITEVE e do STV português com especial enfoque na área da defesa e explorar novos desafios, novos clientes e novos mercados.”
Promoção de serviços no FIA: “No FIA estaremos a expor alguns produtos desenvolvidos a nível nacional para o Exército português (no âmbito dos projetos ACU e SCS) e ainda um demonstrador do VESTLIFE (projeto europeu). Em termos de informação, será possível visualizar vários projetos desenvolvidos recentemente (materiais, processos, provas de conceito, testes e validação quer a nível laboratorial, quer provas com o utilizador final), assim como a nossa metodologia de desenvolvimento de produto que privilegia uma forte relação entre os centros de investigação, a indústria e o utilizador final.
O CITEVE possui competências integradas que lhe permitem fornecer uma solução “chave na mão”, que vão desde a ideia até à disponibilização do produto no mercado.
Soluções em exposição:
- Underwear – conjunto interior composto por camisola e leggings em malha seamless, com estruturas adequadas a cada zona corporal, e funcionalizada com PCMs para obtenção de conforto térmico e ergonomia.
- Uniforme de combate – composto por calças e camisola de combate, concebido para ser utilizado em teatros operacionais com condições extremas, combina desempenho técnico e proteção (camuflagem multicam, repelência à água e sujidade, repelência a mosquitos, gestão de humidade, resistência ao calor e à chama, resistência mecânica, proteção localizada contra impactos e assinatura térmica reduzida) com propriedades de conforto, como a respirabilidade. Responde ainda às necessidades militares em termos de flexibilidade, liberdade de movimentos, facilidade de vestir/despir e compatibilidade.
- Colete balístico – solução integral modular e leve, à prova de bala para proteção de soldados (nível IIIA e nível IV). Apresenta ergonomia e design modular, de modo a promover a dispersão de calor e aumentar o conforto do utilizador. A camada exterior, para além da camuflagem nos espectros visível e NIR, apresenta uma elevada resistência mecânica e impermeabilidade. A camada interior é feita de materiais respiráveis e estruturas com acabamento antibacteriano. Este colete balístico apresenta compatibilidade com cinto balístico, cinto tático, complementos para proteção de braços, pescoço e zona pélvica para além de todo o equipamento usado pelos militares durante o combate.
- Conjunto impermeável – composto por calça e parka impermeáveis, concebido para ser utilizado em períodos chuvosos, alia desempenho técnico e proteção (impermeabilidade, resistência mecânica e reduzida assinatura térmica) com propriedades de conforto, como a respirabilidade. Responde ainda às necessidades militares em termos de flexibilidade, liberdade de movimentos, facilidade de vestir/despir e compatibilidade.”
Divulgação durante o FIA: “Iremos divulgar os novos projetos EDF, que iniciaram recentemente, nomeadamente:
- ACROSS – Adaptive Camouflage foR sOldierS and vehicleS (liderado pelo CITEVE): visa o desenvolvimento de tecnologias e soluções disruptivas para camuflagem adaptativa, ajustando-a a diferentes ambientes operacionais e a múltiplas gamas espectrais.
- ECOBALLIFE – Research in eco-designed ballistic systems for durable lightweight protections against current and new threats in platform and personal applications: visa o desenvolvimento de novas soluções para a proteção de soldados e veículos.
- ARMETISS – smart Multifunction tExtiles for Integrated Soldier Systems: visa o desenvolvimento de tecnologias têxteis inovadoras, criando um conjunto de equipamentos e uniformes inteligentes (capazes de interagir com o meio envolvente, agindo e adaptando-se aos estímulos que recebem), que integre funções complementares adequadas às necessidades dos soldados, de forma a melhorar a sua performance, segurança e bem-estar.”
Gilda Santos – Gestor de área: Proteção e Defesa no CITEVE
Site oficial em CITEVE
Sobre a Fibrenamics: “A Fibrenamics é um Instituto de Inovação que se posiciona na geração, valorização e transferência de conhecimento na área dos materiais fibrosos e compósitos. É atualmente distinguida pela ANI como um dos poucos Centros de Tecnologia e Inovação nacionais, pela sua capacidade de produção, difusão e transmissão de conhecimento, orientado para as empresas e para a criação de valor económico, em diversos setores de atuação, tendo em conta o domínio de aplicação dos materiais, com destaque para os setores da mobilidade, defesa, construção, medicina, entre outros.
O seu modelo de desenvolvimento de inovação assenta essencialmente em 4 pilares:
- Intelligence, a partir do qual procura identificar os principais desafios societais, tendências e oportunidades de mercado, nos vários setores onde pode atuar, através de diversas ações de vigilância tecnológica, e que incluem a participação em feiras e conferências, integração em grupos de trabalhos nacionais e internacionais, a organização de conferências internacionais, entre outras ações;
- Science, a partir do qual procura desenvolver o conhecimento científico de base que permita responder, de uma forma disruptiva e inovadora, às necessidades previamente identificadas;
- Technology, a partir do qual procura converter o conhecimento desenvolvido no eixo anterior em modelos demonstradores de produtos e soluções inovadoras, capazes de serem integradas no mercado, em parceria com os seus clientes, e de acordo com as especificações tecnológicas dos mesmos;
- Business, a partir do qual procura contribuir para criar as condições necessárias para que os produtos desenvolvidos possam efetivamente chegar à sociedade. Nesse domínio, e em determinados casos concretos, a Fibrenamics explora assim a possibilidade de desenvolvimento de modelos de negócio específicos.”
Objetivo da participação no FIA 2024: “Considerando o capital de conhecimento que a Fibrenamics já teve oportunidade de desenvolver no âmbito dos materiais avançados para o setor da defesa, e que já foi gerador de produtos concretos, como o capacete e colete balístico desenvolvidos através do projeto AuxDefense (financiado pelo Ministério da Defesa Nacional), ou até de placas de proteção balística capazes de serem aplicadas em viaturas ou infraestruturas, a participação da Fibrenamics neste tipo de eventos visa sobretudo dar a conhecer a sua capacidade geradora de inovação neste domínio, e através disso permitir a captação de novas parcerias para o desenvolvimento de projetos ou produtos de elevado valor acrescentado. Esse objetivo também é reforçado pela intenção de consolidar o processo de internacionalização atualmente em curso na Fibrenamics. Por outro lado, e considerando também a transversalidade do setor da defesa com outros setores igualmente de valor acrescentado, como a aeronáutica ou espaço, é também estratégia da Fibrenamics procurar também integrar-se nestes domínios.”
Promoção no FIA: “Não iremos ter produtos físicos a promover na feira, tendo em conta o sub-expositor que iremos ter à disposição, mas o principal “produto” que pretendemos promover é sobretudo a capacidade geradora de inovação orientada da Fibrenamics.”
João Bessa – R&D+I Manager
Site oficial em Fibrenamics
Sobre o PIEP e o programa FLY.PT: “O Centro para a Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP) é uma associação privada, com uma matriz tecnológica e científica e um modelo de gestão empresarial.”
O FLY.PT teve como principal objetivo desenvolver o protótipo de um sistema de transporte aéreo pessoal intermodal, à escala, constituído por um veículo autónomo automóvel (skate), permitindo a mobilidade terrestre e aérea, um veículo autónomo aéreo (drone) e uma cabine acoplável a cada um dos dois veículos.
O PIEP colaborou na criação de um novo tipo de transporte aéreo modular, piscando o olho ao veículo do futuro, onde o passageiro troca a estrada pelo céu em poucos segundos.
“O projeto lançou as sementes do transporte urbano e da mobilidade do futuro, a nível de multimodalidade, tecnologias e materiais, unindo a mobilidade horizontal com a mobilidade vertical de forma inovadora. Este projeto pretendeu ajudar na redução do congestionamento e da pegada de carbono associada à mobilidade urbana, assim como aumentar a competitividade da indústria nacional, criando produtos e serviços de valor acrescentado, num trabalho disruptivo de um amplo consórcio português.”
O PIEP trabalhou na vertente das estruturas, materiais e processos (compósitos) e dos interiores e fatores humanos deste veículo multimodal, mais concretamente no design interior do veículo e nos testes dos seus materiais e processos. Este foi um projeto mobilizador que visou a criação de novos produtos, processos ou serviços com elevado conteúdo tecnológico e de inovação, sendo cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Portugal 2020. O projeto visou explorar ainda tecnologias ligadas à eletrificação das aeronaves, novos sistemas autónomos, entre outros desafios tecnológicos que se anteveem neste sector.
Objetivo da participação no FIA 2024: “Mostrar os resultados do projeto Fly.pt e fazer networking para novos projetos e desenvolvimentos.”
Promoção de produtos no FIA: “Os principais objetivos do PIEP, enquanto Instituto de Investigação e Desenvolvimento, são promover os desenvolvimentos recentes em materiais (termoplásticos e compósitos), engenharia, tecnologias de processamento, economia circular e ambiente, e soluções de testes para as indústrias de aeronáutica, espaço e defesa.”
Carlos Ribeiro – PIEP Head of Operations & PMO
Saiba mais sobre o programa no site oficial do FLY.PT
Sobre o grupo ISQ:“O grupo ISQ é uma entidade privada portuguesa, fundada em 1965, com um volume de negócios em 2019 de 75,9 M€ (cerca de 30% no estrangeiro), uma equipa de cerca de 1600 colaboradores e operações permanentes em 8 países.”
Objetivo da participação no FIA 2024: “Esta será a nossa primeira participação no FIA desde 2019. Temos como principal objetivo apresentar a nossa oferta de serviços, que evoluiu substancialmente nestes últimos anos, assim como tomar conhecimento das mudanças neste mercado resultantes do atual contexto geopolítico.”
Promoção no FIA: “O ISQ está presente no mercado aeroespacial desde 2003. A sua atividade estende-se ao longo de toda a cadeia industrial. Temos provas dadas nos seguintes domínios:
- Ensaios experimentais de desenvolvimento de tecnologia, até ao último nível possível de realizar em laboratório;
- Ensaios de qualificação de sistemas aeroespaciais;
- Engenharia de suporte no desenvolvimento de novos sistemas aeroespaciais;
- Engenharia de suporte no Centro Espacial Europeu (CSG), nos três segmentos de operação (solo, lançamento e veículo espacial) para os sistemas Ariane 4, Ariane 5, Soyuz, Vega e o futuro Ariane 6;
- Serviços de alto valor acrescentado utilizando dados de Observação da Terra.
Sobre a TEKEVER: “A TEKEVER é uma empresa de TI que desenvolve sistemas aéreos não tripulados, software e sistemas espaciais para os sectores da Segurança, Espaço e Defesa. Tem centros de desenvolvimento e produção em Portugal, UK e França.”
Objetivo da participação no FIA 2024: “A TEKEVER foi a primeira empresa do mundo a voar um drone no Farnborough Airshow, em 2012. 12 anos passados estamos presentes nesta feira devido à nossa forte ligação ao mercado britânico, tendo clientes locais com o Home Office, a Royal Air Force e a Royal Air Navy.”
Promoção de produtos no FIA: “A TEKEVER prevê lançar, em 2025, o seu maior UAS, com capacidade swarm, totalmente desenvolvido e fabricado em território nacional, entre Ponte de Sor, Porto e Caldas da Rainha. Chama-se ARX e parte do seu desenvolvimento será financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), projeto integrado das agendas mobilizadoras Aero.Next e Aerospace. O ARX irá voar a entre 200 e 300 km/hora, tendo uma autonomia de 24 horas, e irá permitir levar até 150 kg de sensores.”
Novidades no FIA: “No FIA2024, apresentamos igualmente o nosso primeiro sistema feito totalmente fora de Portugal, nas nossas instalações de produção em West Wales. Trata-se de um AR3, que está presentemente a sobrevoar diariamente o Canal da Mancha, sendo utilizado em missões de vigilância marítima. ”
Rui Santos – Project Manager na TEKEVER
Site oficial em TEKEVER
Consulte o Booklet das entidades portuguesas no FIA 2024
Galeria de fotografias Stand Portugal
Sobre o FIA 2024
A participação de Portugal no Farnborough International Airshow 2024 é uma oportunidade para as empresas nacionais se destacarem no cenário internacional, estabelecerem novas parcerias e acompanharem as tendências tecnológicas que estão a moldar o futuro da aeronáutica e defesa.
Saiba mais sobre o Farnborough International Airshow
