1.ª Jornada Luso-Francesa de Indústrias de Defesa fortalece cooperação bilateral

Nos dias 2 e 3 de outubro, Paris foi palco da 1.ª Jornada Luso-Francesa de Indústrias de Defesa, um evento relevante no fortalecimento das relações bilaterais entre Portugal e França no setor da defesa, tendo reunido mais de 50 empresas de ambos os países.

A idD Portugal Defence, em colaboração com a aicep Portugal Global, a AED Cluster Portugal, a Embaixada de Portugal em Paris, a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, o Estado-Maior-General das Forças Armadas, Direction Générale de l’Armament (DGA), bem como importantes associações industriais francesas como o GIFAS, GICAN e GICAT., destacou-se pelo objetivo de promover a integração empresarial e o desenvolvimento de parcerias estratégicas.

Cooperação no setor da Defesa

O evento proporcionou mais de 250 reuniões B2B, demonstrando um elevado interesse das empresas em colaborar em projetos futuros. Foram discutidos os programas de aquisição de defesa de Portugal e França, sublinhando a importância de esforços conjuntos para desenvolver tecnologias e soluções inovadoras em áreas estratégicas para o fortalecimento da autonomia europeia, num contexto de crescente necessidade de defesa coletiva no continente.

Com uma localização estratégica no flanco ocidental da Europa, Portugal tem vindo a reforçar a sua cooperação com França, partilhando objetivos comuns de segurança e desenvolvimento tecnológico.

Relações bilaterais e autonomia estratégica

Esta jornada insere-se num contexto mais amplo de cooperação europeia, com o objetivo de construir uma defesa autónoma que permita à Europa garantir a sua segurança sem depender excessivamente de potências externas.

A criação de parcerias sólidas e a participação ativa das indústrias de ambos os países em projetos de defesa conjuntos são consideradas prioridades estratégicas, capazes de aumentar a competitividade internacional. As tecnologias e soluções desenvolvidas poderão ser utilizadas em missões de segurança e defesa internacionais, como as da NATO ou da União Europeia.

Envolvimento da indústria

Outro ponto de destaque foi o incentivo à participação conjunta de empresas portuguesas e francesas no desenvolvimento de produtos militares inovadores. Durante o evento, os responsáveis de ambos os países reafirmaram o compromisso em dinamizar investimentos cruzados e fomentar iniciativas que envolvam tanto empresas públicas como privadas, visando aumentar a competitividade das indústrias de defesa e criar novos postos de trabalho.

A jornada contou com a presença das seguintes entidades francesas:

Aresia, Airbus, Ambassade de France au Portugal, Arkeocean, Cea, Cetrac.io, Comex, DGA, Diodon Drone Technology, Dreamteamaero heliodive, Elika team, Exail, Exavision, Factem sas, Gaches chimie, Groupement des Industries Françaises Aéronautiques et Spatiales (GIFAS), Groupement des Industries de Construction et Activités Navales (GICAN), Groupement des Industries Françaises de Défense et de Sécurité Terrestres e Aéroterrestres (GICAT), KNDS France, MBDA, MEDEF – Mouvement des entreprises de France International, Naval Group, Ocea, Oledcomm, Posithot, Potez Aeronautique, Safran Electronics & Defense, Satys aerospace, Secamic, Serpikom, Snowpack, Thales e Unseenlabs, Direction Générale de l’Armament (DGA).

Do lado português, estiveram presentes as seguintes entidades:

aicep Portugal Global, AED Cluster Portugal, Beyond Composite, CEiiA, Chetocorporation, Ciclo Frapril, Critical Software, Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, Distrim2, EID, Embaixada de Portugal em Paris, Estado-Maior-General das Forças Armadas, FHP, Gaches Chimie Portugal – Lusocopla, GMV, Graphenest, Grupo Optimal, Hypermetal, idD Portugal Defence, INESC TEC, Infinite Foundry, Lusospace, Maintenace & Engineering Ltd, Orion Technik, Promecel, QSR, Ricardo & Barbosa, Satys Portugal, Sinuta, Tecniforja, Tekever e Thales Portugal.

A intensificação da cooperação entre Portugal e França nas indústrias de defesa surge como um passo natural no contexto europeu, reforçando as capacidades de segurança e defesa do continente. A aposta em áreas tecnológicas avançadas e a partilha de conhecimento prometem trazer benefícios não só para Portugal e França, mas também para toda a Europa, consolidando a sua posição global em termos de inovação e defesa.