Portugal vai ser a sede de duas estruturas do Defence Innovation Accelerator for the North Atlantic (DIANA), uma iniciativa inédita da NATO para criar uma rede que aproxime o setor da defesa do setor privado e da academia e, desse modo, impulsionar a liderança tecnológica da Aliança.
O Arsenal do Alfeite foi selecionado para integrar a rede de aceleradores de Inovação da NATO, enquanto o Centro de Experimentação Operacional da Marinha (CEOM), em Troia, foi selecionado como centro de testes para o desenvolvimento e teste de veículos não tripulados.
O facto de Portugal acolher estas duas estruturas é uma oportunidade para a integração do país numa rede de inovação internacional, promovendo o desenvolvimento de tecnologias emergentes e disruptivas de duplo uso, civil e militar, contribuindo assim para o reforço da economia de defesa.
Sobre o Acelerador do Alfeite
O Acelerador será instalado no Arsenal do Alfeite e vem reforçar o projeto da Academia do Arsenal, sendo que ambas as iniciativas se alinham com o objetivo da idD Portugal Defence de criar naquele espaço um polo de inovação para a Economia de Defesa.
Deverá acolher 20 start-ups e permitirá a transferência de conhecimento e de desenvolvimento de novas soluções tecnológicas desenvolvidas no domínio civil para aplicações militares, beneficiando de uma rede de cooperação alargada que integra entidades dos ecossistemas da defesa, do empreendedorismo e das empresas, universidades e centros de investigação, entidades públicas e da própria NATO.
Quem integrar os programas do DIANA terá acesso a uma rede de outros aceleradores e centros de teste em mais de 20 Aliados e a possibilidade de aceder ao NATO Innovation Fund.
O Acelerador beneficiará do facto de estar instalado numa área industrial, do acesso a oficinas e laboratórios, da proximidade à Marinha e de um ecossistema de inovação vibrante na zona de Lisboa.
Este projeto beneficiará ainda da relação com o Centro de Experimentação Operacional da Marinha.
Sobre o DIANA
Os Ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança aprovaram no dia 7 de abril a carta do DIANA, que define as estruturas que integram a rede.
O DIANA foi lançado na última Cimeira da NATO em que os Chefes de Estado e de Governo concordaram em lançar o Fundo de Inovação da NATO e o DIANA, um acelerador de inovação civil-militar, à semelhança da DARPA, para impulsionar a cooperação transatlântica em tecnologias críticas. “Trabalhando com o setor privado e a academia, os Aliados irão assegurar que podem contar com a melhor tecnologia nova para a segurança transatlântica”, declarou o Secretário-Geral da NATO, durante a Ministerial.
A NATO projeta o DIANA como um ponto de reunião do pessoal de defesa com as melhores e mais brilhantes startups, investigadores científicos e empresas de tecnologia dos países Aliados para resolver desafios críticos de defesa e segurança.
O DIANA terá como foco as deep technologies: inteligência artificial, processamento de big data, tecnologias quânticas, autonomia, biotecnologia, novos materiais e espaço.
Sobre o NATO Innovation Fund
Na Ministerial foi ainda aprovada a estrutura para o Fundo de Inovação da NATO, o primeiro fundo de capital de risco multi-soberano do mundo. Investirá mil milhões de euros em start-ups em estágio inicial e outros fundos de deep technologies alinhados com seus objetivos estratégicos.
Tanto o DIANA como o Fundo de Inovação da NATO apoiam o desenvolvimento e proteção de uma comunidade de inovação transatlântica, revestindo-se de uma oportunidade para maximizar estruturas existentes da Aliança e das nações, complementar iniciativas NATO como estudos e trabalhos do STO e do NIAG, e ainda programas e projetos europeus como a PESCO e o FED.
Saiba mais em https://www.nato.int/cps/en/natohq/news_194587.htm