Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030 foi apresentado hoje e defende aposta no reforço do cluster da economia de defesa como alavanca para a competitividade, internacionalização e desenvolvimento tecnológico do país.
Da autoria do Professor António Costa e Silva o documento assinala a importância deste cluster, que representa hoje 3% do PIB nacional e aglutina os Centros Tecnológicos da Forças Armadas, com uma rede de empresas nacionais e internacionais, Universidades e Centros de Investigação, envolvendo ainda mais de 200 empresas exportadoras.
Este é um documento enquadrador das opções e prioridades que deverão nortear a recuperação dos efeitos económicos adversos causados pela atual pandemia. É a partir desta visão estratégica que será desenhado o Plano de Recuperação, a apresentar à Comissão Europeia, com vista à utilização dos fundos europeus disponíveis.
No capítulo dedicado ao cluster das Indústrias e da Economia de Defesa a Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030 prevê, entre outros:
- O apoio a projetos relacionados com a mobilidade área urbana; com os microlançadores e os microssatélites; com a inovação no desenho e fabricação de estruturas aeronáuticas; com a vigilância marítima, o comando e controlo, a ciberdefesa, sistemas submarinos.
- A criação de um laboratório conjunto para reforçar as redes e as parcerias existentes, visando a internacionalização das empresas e o desenvolvimento das cadeias de valor.
- A execução dos investimentos previstos na Lei de Programação Militar, para a construção e 6 novos navios patrulha oceânicos com a participação dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, aumentando a capacidade produtiva nacional;
- O reforço dos investimentos no Arsenal do Alfeite, tendo em conta o que pode representar como empresa âncora para o setor da construção naval;
A Economia de Defesa participam, agora, no plano nacional de recuperação do país, no âmbito da resposta às consequências económicas da pandemia de covid-19.
O Documento encontra-se em discussão pública, até ao próximo dia 21 de agosto, que se pretende o mais abrangente e participado possível, e pode ser consultado, na íntegra, no Portal do Governo: clique aqui