O NATO Science & Technology Organization (STO) é o principal ator da Aliança para a ciência e tecnologia de defesa e segurança, sendo a sua missão conduzir investigação de apoio ao desenvolvimento de capacidades baseado num esforço colaborativo, envolvendo entidades governamentais, académicas e a indústria.
Esta missão é desenvolvida através da promoção de estudos exploratórios (até 1 ano), grupos de investigação (até 3 anos), simpósios (2-3 dias), workshops (2-3 dias), cursos técnicos (1 dia), fornecendo também aconselhamento estratégico aos decisores da NATO, em diversas áreas da ciência e tecnologia.
É um órgão subsidiário da NATO estabelecido sob a autoridade do Conselho do Atlântico Norte, com o objetivo de responder coletivamente aos requisitos da NATO, dos Aliados e das nações parceiras na área da Ciência e Tecnologia. É composto pelo Science & Technology Board (STB), o NATO Chief Scientist e os seguintes três órgãos executivos:
- Office of the Chief Scientist (OCS) em Bruxelas, que presta apoio executivo e administrativo ao Chief Scientist;
- Collaboration Support Office (CSO), em Neuilly–Sur-Seine, que presta apoio executivo e administrativo às atividades conduzidas no âmbito do Collaborative Programme of Work (CPoW);
- Centre for Maritime and Research Experimentation (CMRE), em La Spezia, que presta serviços de investigação científica e desenvolvimento tecnológico, focado no domínio marítimo.
Podem participar entidades governamentais, académicas e da indústria, com diferentes níveis de participação, desde a representação nacional no Science & Technology Board (STB) ou nos Painéis/Grupo (nível 2), à participação nas atividades do Collaborative Programme of Work (nível 3).
A participação no STO está dividida em 3 níveis de diferentes responsabilidades:
Nível 1 – Science & Technology Board (STB) – Este é o órgão responsável pela orientação estratégica em matéria de ciência e tecnologia (S&T) da NATO, através da publicação da NATO S&T Strategy e das NATO S&T Priorities, bem como da direção e orientação do programa de trabalho do STO e pelo aconselhamento em matéria de S&T nos processos de tomada de decisão da NATO.
Nível 2 – Scientific & Technical Committees (Painéis/Grupo) – É composto por até três representantes por nação, por comité, podendo tratar-se de entidades governamentais, indústria e academia.
- Applied Vehicle Technology (AVT) Panel
- Human Factors and Medicine (HFM) Panel
- Information Systems Technology (IST) Panel
- NATO Modelling & Simulation Group (NMSG)
- System Analysis and Studies (SAS) Panel
- Systems Concepts and Integration (SCI) Panel
- Sensors and Electronics Technology (SET) Panel
Nível 3 – Atividades do Collaborative Programme of Work – Para cada um dos painéis/grupo supramencionados, é permitida a nomeação de tantos especialistas quanto tomado como necessário pela nação/instituição proponente, sendo o tipo de atividades as seguintes:
- Research Task Group (RTG) – grupo de estudo de até 3 anos, sujeito a nomeação;
- Specialists’ Team (ST) – grupo de ação rápida (ex. AFSC), sujeito a nomeação;
- Research Workshop (RWS) – evento sujeito a seleção do comité organizador, duração de 2-3 dias, nomeação apenas para o comité;
- Research Symposium (RSY) – participação sujeita a seleção do comité organizador, >100 pessoas, 2-4 dias, nomeação apenas para o comité;
- Research Specialists’ Meeting (RSM) – participação sujeita a seleção do comité organizador, <100 pessoas, 2-3 dias, nomeação apenas para o comité;
- Research Lecture Series (RLS) – por norma resultado de uma RTG, participação aberta, nomeação apenas para o Diretor das RLS;
- Technical Course (TC) – por norma resultado de uma RTG, participação aberta, nomeação apenas para o Diretor do TC;
- Exploratory Team (ET) – por norma antecede à RTG, podendo ou não ser sujeito a nomeação, sendo esta sempre preferível.
Participar nas atividades do STO (nível 3) é uma mais-valia em termos de conhecimento, incluindo sobre o estado da arte e o futuro do desenvolvimento tecnológico, as necessidades e requisitos de capacidade da NATO e dos Aliados, a garantia de que as soluções da BTID nacional são apropriadas ao mercado, a possibilidade de influência sobre e a contribuição para a definição de novos standards (STANAGs e STANRECs) e o estabelecimento de contactos através da ligação à indústria internacional.
Em termos processuais, a nomeação de indivíduos da indústria ou de instituições académicas é possível em atividades que estejam em modo “planning” ou “active” – desde que esta esteja ainda no seu início –, sendo necessária a submissão de pedido de participação das mesmas junto das autoridades nacionais.
Este pedido deverá ser solicitado junto dos representantes nacionais na STO: o STB Principal Member e o National Coordinator. No caso de Portugal, este pedido poderá ser feito através da idD (NATO@iddportugal.pt), que, por sua vez, submeterá à Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, que assume a representação nacional.
O financiamento do STO é limitado a três programas – Consultant & Exchange Programme; Cooperative Planning Programme; Cooperation with Partners Programme; e o Support Programme. Portugal foi incluindo na lista de países destinados a receber o Support Programme que, segundo as STO Operating Procedures, se destina a apoiar projetos nacionais individuais (Support Projects) e a participação de especialistas nas atividades do STO (cobrindo despesas de viagem e per diem). Este apoio financeiro é gerido pelos representantes nacionais principais (STB member). Importa, portanto, destacar que a participação de especialistas nas atividades do STO não é financiada, pelo que poderá haver encargos financeiros à responsabilidade dos participantes, acordados no início da atividade, permitindo ao especialista definir o seu nível de envolvimento.
A participação de entidades no STO visa o desenvolvimento conjunto de tecnologia e capacidades defesa e segurança ao nível da aliança. Para a BTID, a participação pode constituir uma mais-valia, já que nesta organização se identificam e desenvolvem questões industriais e tecnológicas comuns, e onde é possível influenciar futuras atividades, áreas de atuação e respetiva priorização, e standards. A participação nas atividades do STO contribuirá, ainda, para o estabelecimento de contacto com potenciais parceiros internacionais noutros projetos.
Para conhecer melhor a atividade do STO não deixe de consultar o STO at a Glance .
Pode consultar mais informação através da página da STO aqui ou entrar em contacto através do endereço de correio eletrónico NATO[@]iddportugal.pt.
Página atualizada no dia 18/10/2023