A idD Portugal Defence é a entidade responsável pela implementação do Acelerador que Portugal irá acolher no âmbito da iniciativa DIANA promovida pela NATO para apoiar o empreendedorismo de base tecnológica associado à Defesa.

Adicionalmente, Portugal é subscritor do NATO Innovation Fund, um fundo que irá investir em start-ups que desenvolvam deep tech com duplo uso numa fase early-stage e que complementa as atividades do DIANA.

Tópicos de 2024

As candidaturas para os desafios de 2024 estarão abertas entre 1 de julho e 9 de agosto. As empresas que apresentem as melhores soluções serão convidadas para uma entrevista online e um evento de apresentação, que resultará na seleção das empresas a incubar. Essas empresas receberão 100.000€ e serão aceites na Primeira Fase do programa acelerador DIANA chamado “Bootcamp”. Durante seis meses as empresas trabalharão na evolução ou adaptação das suas soluções tecnológicas, de acordo com as suas propostas.

No final da Primeira Fase, um número reduzido de empresas receberá uma bolsa adicional de até 300.000€ e será convidada a participar na Segunda Fase do programa acelerador chamado “Grow”. Durante estes segundos seis meses, as empresas focar-se-ão em demonstrar a solução tecnológica, desenvolver estratégias de transição e colaborar com investidores e utilizadores finais.

Em conjunto, a Primeira e Segunda Fase visam atrair e apoiar empresas inovadoras nos países Aliados, com especial enfoque em start-ups.

Em 2023, durante o desafio piloto, o DIANA recebeu mais de 1300 candidaturas provenientes de todos os Aliados. Foram selecionadas 44 empresas de 19 países, que se juntaram ao programa de aceleração em cinco aceleradores espalhados pela Europa e pela América do Norte.

Para mais informações aceda à seguinte ligação: DIANA | CHALLENGES 2024

O Defence Innovation Accelerator for the North Atlantic (DIANA) é uma iniciativa da NATO, lançada em 2022, dedicada a apoiar o desenvolvimento de projetos inovadores com vista à superioridade tecnológica da Aliança.

O DIANA integra nove aceleradores e mais de sessenta centros de teste. Existem ainda duas sedes regionais, uma no Reino Unido e outra no Canadá, responsáveis por um Rapid Adoption Service (para apoiar o desenvolvimento e adoção rápida das soluções do DIANA pelos aliados e pela NATO) e uma Trusted Capital Database (para facilitar e/ou ligar inovadores certificados e investidores certificados).

A principal função desta iniciativa será promover os desafios de segurança e defesa indicados pelas Forças Armadas, por forma a que entidades inovadoras possam desenvolver soluções de adoção rápida que correspondam aos seus requisitos.

O DIANA irá lançar vários desafios para responder a questões operacionais aos quais se poderão candidatar entidades com propostas concretas de solução.

Numa primeira fase, foram lançados, dia 19 de junho de 2023, três desafios-piloto. No futuro, até 2025, está previsto o lançamento de até dez desafios por ano.

O principal foco do DIANA será o desenvolvimento de tecnologias deep-tech, mais especificamente, no âmbito das tecnologias emergentes e disruptivas como a inteligência artificial, megadados, sistemas autónomos, tecnologia quântica, biotecnologia, novos materiais, hipersónicos e espaço, que possam ser de duplo-uso, isto é, de aplicação comercial e para a defesa.

Para 2023, foram lançados desafios relacionados com a resiliência energética, a partilha segura de informação e a deteção e vigilância através de sensores.

A todos os inovadores, desde start-ups a empresas já estabelecidas, com sede e atividade num país Aliado, e que forneçam soluções de tecnologia avançada de duplo-uso, ao nível 4 ou mais em termos de maturidade tecnológica.

Para cada desafio, serão selecionadas 10 entidades.

A seleção é feita pela equipa do DIANA, com aconselhamento de especialistas, potenciais utilizadores finais, a comunidade científica da NATO, e os centros de teste e aceleradores associados.

A seleção é feita com base na proposta apresentada, considerando se a mesma responde ao desafio apresentado pelo DIANA, se tem aplicação operacional, se é tecnologicamente viável, e se existe viabilidade comercial, tendo também em conta a inovação da solução proposta.

(Informação relativa aos desafios de 2023)

As 10 entidades selecionadas terão até seis meses para desenvolver a sua proposta, após os quais decorrerá uma sessão de demonstração. Nesta sessão, serão selecionados 3 dos 10 projetos para aprofundamento da proposta por mais seis meses, culminando, novamente, numa sessão de demonstração. Esta sessão terá como objetivo atrair investimento por forma a desenvolver a solução proposta até ao nível 9 de maturidade e posterior adoção.

As melhores soluções terão um financiamento de 100.000€ durante os primeiros 6 meses para apoiar o desenvolvimento e demonstração tecnológica, facilitará o acesso a 90+ centros de teste e promoverá o contacto com investidores e utilizadores finais para suportar a transição e adoção de tecnologia. As duas melhores soluções em cada desafio receberão um financiamento adicional de 300.000€ durante mais 6 meses.

O DIANA oferece um pacote de apoio que inclui:

  • Financiamento, para cobrir os custos durante o programa de incubação;
  • Mentoria e formação, com vista ao aconselhamento ao desenvolvimento das soluções por forma a corresponder aos requisitos dos utilizadores finais e por forma a auxiliar na fase de adoção e processo de aquisição;
  • Oportunidades de experimentação e teste, com acesso a uma rede de mais de 60 centros de teste no seio da Aliança, juntamente com apoio de custos associados;
  • Ligação a investidores, através da promoção das start-ups junto de investidores de confiança no seio da Aliança;
  • Acesso a 30 mercados, correspondente aos 30 países membros da NATO.

Portugal foi selecionado para acolher um centro de testes, no Centro de Experimentação Operacional da Marinha (CEOM) em Tróia, e um acelerador, a ser instalado na Arsenal do Alfeite, pelo qual a idD Portugal Defence é responsável.

Ademais, Portugal tem vindo a contribuir para a definição dos desafios com a partilha das necessidades das Forças Armadas Portuguesas, através do Representante Nacional no Comité Diretor que orienta os trabalhos do DIANA.

Espera-se que Portugal participe, também, através da candidatura de entidades aos desafios lançados pelo DIANA, cuja divulgação será feita online e, eventualmente, num evento dedicado à promoção da participação de entidades portuguesas nos programas do DIANA.

Na Cimeira da NATO em 2021, foi lançado o NATO Innovation Fund, que corresponde a um fundo de capital de risco estabelecido a fim de investir em start-ups que estejam a desenvolver tecnologias de duplo-uso, emergentes e disruptivas, em áreas críticas para a segurança dos Aliados, podendo este ser um complemento ao DIANA.

O NIF investirá em start-ups com produtos que podem ser adaptados para responder aos desafios de defesa e segurança da Aliança, como aqueles que afetam a infraestrutura crítica. Não obstante a necessidade de dar resposta aos problemas de defesa e segurança, o enfoque dos investimentos será nas empresas que desenvolvem tecnologias de duplo uso, em particular start-ups que desenvolvem soluções de hardware assentes em tecnologias emergentes e disruptivas.

Participam neste fundo a Alemanha, Bélgica, Bulgária, Chéquia, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Estónia, Grécia, Hungria, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, Roménia e Turquia.

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Página atualizada no dia 11/12/2024