Reveja os Desafios de 2023 (Encerrado)
O DIANA lançou os primeiros desafios aos inovadores e empreendedores nas áreas da Resiliência Energética, da Partilha Segura de Informação e da Deteção e Vigilância.
A idD Portugal Defence é a entidade responsável pela implementação do Acelerador que Portugal irá acolher no âmbito da iniciativa DIANA promovida pela NATO para apoiar o empreendedorismo de base tecnológica associado à Defesa.
Adicionalmente, Portugal é subscritor do NATO Innovation Fund, um fundo que irá investir em start-ups que desenvolvam deep tech com duplo uso numa fase early-stage e que complementa as atividades do DIANA.
O Defence Innovation Accelerator for the North Atlantic (DIANA) é uma iniciativa da NATO, lançada em 2022, dedicada a apoiar o desenvolvimento de projetos inovadores com vista à superioridade tecnológica da Aliança.
O DIANA integra nove aceleradores e mais de sessenta centros de teste. Existem ainda duas sedes regionais, uma no Reino Unido e outra no Canadá, responsáveis por um Rapid Adoption Service (para apoiar o desenvolvimento e adoção rápida das soluções do DIANA pelos aliados e pela NATO) e uma Trusted Capital Database (para facilitar e/ou ligar inovadores certificados e investidores certificados).
A principal função desta iniciativa será promover os desafios de segurança e defesa indicados pelas Forças Armadas, por forma a que entidades inovadoras possam desenvolver soluções de adoção rápida que correspondam aos seus requisitos.
O DIANA irá lançar vários desafios para responder a questões operacionais aos quais se poderão candidatar entidades com propostas concretas de solução.
Numa primeira fase, foram lançados, dia 19 de junho de 2023, três desafios-piloto. No futuro, até 2025, está previsto o lançamento de até dez desafios por ano.
Poderá consultar estes desafios através da seguinte ligação: (DIANA) – Desafios 2023
O principal foco do DIANA será o desenvolvimento de tecnologias deep-tech, mais especificamente, no âmbito das tecnologias emergentes e disruptivas como a inteligência artificial, megadados, sistemas autónomos, tecnologia quântica, biotecnologia, novos materiais, hipersónicos e espaço, que possam ser de duplo-uso, isto é, de aplicação comercial e para a defesa.
Para 2023, foram lançados desafios relacionados com a resiliência energética, a partilha segura de informação e a deteção e vigilância através de sensores.
A todos os inovadores, desde start-ups a empresas já estabelecidas, com sede e atividade num país Aliado, e que forneçam soluções de tecnologia avançada de duplo-uso, ao nível 4 ou mais em termos de maturidade tecnológica.
Para cada desafio, serão selecionadas 10 entidades.
A seleção é feita pela equipa do DIANA, com aconselhamento de especialistas, potenciais utilizadores finais, a comunidade científica da NATO, e os centros de teste e aceleradores associados.
A seleção é feita com base na proposta apresentada, considerando se a mesma responde ao desafio apresentado pelo DIANA, se tem aplicação operacional, se é tecnologicamente viável, e se existe viabilidade comercial, tendo também em conta a inovação da solução proposta.
(Informação relativa aos desafios de 2023)
As 10 entidades selecionadas terão até seis meses para desenvolver a sua proposta, após os quais decorrerá uma sessão de demonstração. Nesta sessão, serão selecionados 3 dos 10 projetos para aprofundamento da proposta por mais seis meses, culminando, novamente, numa sessão de demonstração. Esta sessão terá como objetivo atrair investimento por forma a desenvolver a solução proposta até ao nível 9 de maturidade e posterior adoção.
As melhores soluções terão um financiamento de 100.000€ durante os primeiros 6 meses para apoiar o desenvolvimento e demonstração tecnológica, facilitará o acesso a 90+ centros de teste e promoverá o contacto com investidores e utilizadores finais para suportar a transição e adoção de tecnologia. As duas melhores soluções em cada desafio receberão um financiamento adicional de 300.000€ durante mais 6 meses.
O DIANA oferece um pacote de apoio que inclui:
- Financiamento, para cobrir os custos durante o programa de incubação;
- Mentoria e formação, com vista ao aconselhamento ao desenvolvimento das soluções por forma a corresponder aos requisitos dos utilizadores finais e por forma a auxiliar na fase de adoção e processo de aquisição;
- Oportunidades de experimentação e teste, com acesso a uma rede de mais de 60 centros de teste no seio da Aliança, juntamente com apoio de custos associados;
- Ligação a investidores, através da promoção das start-ups junto de investidores de confiança no seio da Aliança;
- Acesso a 30 mercados, correspondente aos 30 países membros da NATO.
Portugal foi selecionado para acolher um centro de testes, no Centro de Experimentação Operacional da Marinha (CEOM) em Tróia, e um acelerador, a ser instalado na Arsenal do Alfeite, pelo qual a idD Portugal Defence é responsável.
Ademais, Portugal tem vindo a contribuir para a definição dos desafios com a partilha das necessidades das Forças Armadas Portuguesas, através do Representante Nacional no Comité Diretor que orienta os trabalhos do DIANA.
Espera-se que Portugal participe, também, através da candidatura de entidades aos desafios lançados pelo DIANA, cuja divulgação será feita online e, eventualmente, num evento dedicado à promoção da participação de entidades portuguesas nos programas do DIANA.
Na Cimeira da NATO em 2021, foi lançado o NATO Innovation Fund, que corresponde a um fundo de capital de risco estabelecido a fim de investir em start-ups que estejam a desenvolver tecnologias de duplo-uso, emergentes e disruptivas, em áreas críticas para a segurança dos Aliados, podendo este ser um complemento ao DIANA.
O NIF investirá em start-ups com produtos que podem ser adaptados para responder aos desafios de defesa e segurança da Aliança, como aqueles que afetam a infraestrutura crítica. Não obstante a necessidade de dar resposta aos problemas de defesa e segurança, o enfoque dos investimentos será nas empresas que desenvolvem tecnologias de duplo uso, em particular start-ups que desenvolvem soluções de hardware assentes em tecnologias emergentes e disruptivas.
Participam neste fundo a Alemanha, Bélgica, Bulgária, Chéquia, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Estónia, Grécia, Hungria, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, Roménia e Turquia.
Página atualizada no dia 17/11/2023